A Grande Herança Deixada por um Homem Pobre

 

A grande herança deixada por um homem pobre


Faz muitos anos, havia um homem pobre cuja maior preocupação consistia em zelar pelo futuro de seus numerosos filhos.

Sabendo que não lhes podia deixar, por herança, suficientes recursos econômicofinanceiros, tratou de aprimorar o cabedal de seus conhecimentos morais-espirituais.

Depois de ler muitos livros, de se dedicar a profundas pesquisas e meditações, de observar na vida prática o resultado de seus estudos, de percorrer várias Escolas de Evolução Espiritual, de arrostar muitas injustiças e decepções – resolveu, afinal, ajudado por alguns amigos de sua inteira confiança, fundar uma nova Instituição Espiritualista que pudesse oferecer à sua numerosa prole um ambiente melhor, onde reinasse a Harmonia, a Paz, a Lealdade, a Gratidão e a Justiça. Queria proporcionar aos seus filhos um bálsamo, um amparo, um refúgio, para que suportassem melhor as asperezas, hipocrisias e todos os males do mundo vulgar.

Depois de grandes esforços e, até mesmo, sacrifícios, a nova Sociedade começou a progredir com firmeza, para satisfação do extremoso pai.

Entretanto, seus filhos, envolvidos pelas nuvens das preocupações de ordem material, não chegaram a aperceber-se da nobreza dessas intenções, nem do grande valor moral da nova Instituição, tanto assim que eram dos que menos compareciam às reuniões fraternais e dos que menos colaboravam para o desenvolvimento da Generosa Obra.

Profunda foi a amargura do pai em face dessa incompreensão de seus filhos, mas continuou a trabalhar pelo progresso do empreendimento com o mesmo ardor e a mesma fé em Deus.

Num dia em que se afundava nessa tristeza, recebeu, porém, a intuição de que deveria tranquilizar-se porque estava cumprindo seu dever, e que tudo haveria de encaminhar-se bem na devida oportunidade, conforme os desígnios do Todo-poderoso.

Realmente, assim aconteceu. A partir desse dia, foram surgindo, como por encanto, pessoas que nunca houvera visto, mas de excelentes qualidades morais, e dispostas a trabalhar pelo progresso da Sublime Obra Espiritual. Com extraordinária espontaneidade e solicitude, resolveram empenhar-se pela sua própria Evolução e pela de seus semelhantes, não medindo sacrifícios, também, para colaborar nas diversas atividades que o desenvolvimento da Instituição exigia.

Era, sem dúvida, uma surpreendente compensação que Deus enviava, para que o dedicado pai fosse aliviado da mágoa que sentia ante a displicência de seus filhos em face da grandiosa herança que pretendia deixar-lhes.

O resultado desse exemplar dinamismo dos novos componentes da Instituição não se fez esperar. Os filhos do fundador da Nova Escola passaram a ser assíduos e trabalhadores. Passaram a conciliar suas atividades materiais com as espirituais. Compreenderam, afinal, a alta atividade dessa Obra de Bem, dedicando-se a ela com verdadeiro amor e com inexcedível espírito de colaboração.

Pode, assim, o extremoso pai ter a certeza – antes de encerrar sua passagem por este mundo – de que seus filhos saberiam honrar e aproveitar a incomparável herança que lhes deixava, representada por um grande acervo de Conhecimentos Superiores, confirmados na experiência e na prática, através da vida de cada dia.

Pode, também, compreender a esplêndida lição que Deus lhe dera, pois devia considerar como seus Irmãos e Irmãs Espirituais a todos os Seres bem intencionados, sem predileções nem prevenções.

Portanto, os seus filhos e os demais parentes não deviam ser tratados com preferência e sim com o mesmo espírito de equidade e justiça com que lhe cumpria considerar os esforços de cada um dos componentes da Irmandade.

Sentiu, ademais, no fundo de seu coração, que todos os Seres Humanos são Filhos de Deus, e que, portanto, perante as Leis Universais, todos somos Irmãos, inclusive pais e filhos.

Assim, em uma Instituição verdadeiramente espiritual, todos devem ser tratados com o mesmo Divino Amor e o mesmo Espírito de Justiça, sejam parentes ou não, sejam conhecidos ou desconhecidos. Basta que se revelem criaturas respeitosas e dignas, dispostas a trabalhar com Altruísmo e Lealdade em prol da Evolução e do Bem.

 

“AMADOS: AMEMO-NOS UNS AOS OUTROS, PORQUE O AMOR É DE DEUS.”

(Apóstolo João).

 

Extraído de:

Jornal Verologia

Edição XLII Nº 516
Artigo referente a Julho e Agosto de 2018

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